quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Rio, uma cidade em crise

Madragol


Os últimos acontecimentos ocorridos nestes dias na cidade do Rio de Janeiro, com a segurança do cidadão, deixa cada vez mais dúvidas se estaremos preparado para receber a Copa em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

Verdadeiras praças de guerra tomam conta de comunidades no caminho da linha Vermelha e Amarela, percurso obrigatório de quem chega à cidade desembarcando pelo Galeão. E muitas dessas ações nos deixam ver que estamos diante de uma crise moral de consequências irreversíveis. Quadrilhas de diversos formatos e interesses se organizam na disputa dos pontos chaves para uma atuação mais vantajosa.

E parece que levar vantagem se tornou ordem obrigatória para permanecer no "status quo", entre alguns grupos nesse País. Pelo fato de "sempre" se dar um "jeitinho" para as situações de conflito, justamente quando o raciocínio devia falar mais alto que a emoção. E mesmo quando a história nos mostra que sábias decisões devem vir acompanhadas por lógicas de ponderações, sem uso de arbitrariedades, alimento ideal dos atos de represálias causadores de estragos sem conta.

Ao longo do tempo, fomos dando um "jeitinho" para não ver o crescimento desordenado das favelas e bolsões de pobreza, da indigência imposta a esses indivíduos, por uma sociedade detentora de maior cultura e poder aquisitivo. Assim também como demos um "jeito" de escolher como nossos representantes, políticos com maior poder de persuasão em detrimento daqueles atuantes da sociedade. E agora colhemos os frutos dessas ingerências de tantos anos.

Diante desse estado de violência instalada no Rio e nos grandes centros urbanos, pode-se pensar estar mais que na hora de uma mudança no nosso código penal, ou nos conformarmos diante dessas "guerras de tráfico" geridas pelas "quadrilhas" que nos roubam em dinheiro adquirido com o trabalho, em dignidade e até, em muitos casos, do direito a vida.