quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Caso da engenheira desaparecida: PMs responderão o processo em liberdade

Danielly Omori

Os quatro policiais militares acusados de matar e ocultar o corpo da engenheira Patrícia Amieiro Franco, que desapareceu no dia 14 de junho de 2008, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, responderão o processo em liberdade. O veículo de Patrícia foi encontrado com o vidro traseiro quebrado, o porta-malas aberto, o cinto afivelado e sem nenhum vestígio de sangue. O juiz Fábio Uchôa, do 1º Tribunal do Júri da capital, resolveu revogar a prisão preventiva dos réus por não existirem motivos para justificar tal medida.

As duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público, o flanelinha Thiago Affonso Ferreira e o pai da vítima, Antonio Celso de Franco, foram ouvidas na última quinta-feira na audiência de Instrução e Julgamento. Em seu depoimento, o guardador de carros afirmou que estava em um ponto de ônibus na Rocinha no dia do incidente quando viu o carro da engenheira ser abordados por dois marginais. Ele disse que reconheceu Patrícia, pois a mesma freqüentava a praia do Pepê, assim como ele. Contou também que foi para um luau na beira da Lagoa da Barra e após alguns minutos viu um automóvel igual ao engenheira cair pelo barranco do outro lado da lagoa.

A segunda testemunha, o pai de Patrícia, afirmou que a filha não possuía envolvimento com drogas e não costumava ultrapassar os limites de velocidade com o carro. Antonio Celso contou que duas semanas após o desaparecimento da filha. recebeu uma ligação de alguém que dizia ter seqüestrado Patrícia. Ele instalou um identificador de chamadas em seu telefone e, quando ligaram novamente, anotou o número e passou para as autoridades policiais. Após investigação, foi descartada a possibilidade de seqüestro. A continuação da audiência foi marcada para o dia 30 de setembro, às 13h, quando serão ouvidas as testemunhas de defesa do primeiro réu, o policial militar Willian Luis do Nascimento.